sábado, 5 de novembro de 2011

Almas inquietas

Se turvada e silenciada tornei-me por pesar e intriga do passado. E minha boca não pôde deixar escapar minhas palavras doces jamais ouvidas por ti. Lembre-se da longa avenida que passei, das noites escuras e encharcadas, dos passos curtos e lentos, do meu sorriso fraco que teu olhar alcançou quando te encontrei na volta do percurso. Nada foi dito por ti, lançou um olhar encorajador e continuou em tua caminhada. Dirigi-me do lugar que vinhas, com um sorriso fraco, cheia de medo ao tropeçar, lembrando-me que permanecer com os joelhos colados ao chão não era nem de longe permitido. E assim. Apoiei-me ao tempo, cheia de velhas angústias e novos propósitos para continuar nossa boa, velha, e eterna caminhada.

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