sábado, 5 de novembro de 2011

A solidão que o maior medo, é ver a si próprio destruí-se numa mirada só.

Sonhos de verão

Com a mente pesada de ti, o peito cheio de amor e medo, rolando em minha cama sem nenhum sono, com a imagem de seu sorriso grudada na mente.
Perco-me em planos cheios de ti. Em um suspiro profundo, adormecida sobre teu peito. E ficamos assim, dias seguidos, te pego em meu colo para um aconchego só teu. Pedindo para todos os lados que nem mesmo um medo bobo te machuque. Sendo tua glória e teu tormento, da maneira que for, enche-me o pensamento.
É nossa possível realidade, perco o equilíbrio, e tudo vira você. E amo-te desesperadamente em pensamento possante. Teu corpo, teus beijos, teus abraços, teu calor e teu cheiro, e deliro. No fim, deixe-me com uma perpétua saudade de um minuto.

E é tudo sonho.

Almas inquietas

Se turvada e silenciada tornei-me por pesar e intriga do passado. E minha boca não pôde deixar escapar minhas palavras doces jamais ouvidas por ti. Lembre-se da longa avenida que passei, das noites escuras e encharcadas, dos passos curtos e lentos, do meu sorriso fraco que teu olhar alcançou quando te encontrei na volta do percurso. Nada foi dito por ti, lançou um olhar encorajador e continuou em tua caminhada. Dirigi-me do lugar que vinhas, com um sorriso fraco, cheia de medo ao tropeçar, lembrando-me que permanecer com os joelhos colados ao chão não era nem de longe permitido. E assim. Apoiei-me ao tempo, cheia de velhas angústias e novos propósitos para continuar nossa boa, velha, e eterna caminhada.