domingo, 31 de julho de 2011
Oculto
Falta-me o fôlego, esconde-se a fala, procurando forças para se pronunciar. Noites frias eu ganhei, noites sem sono, sem amor, sem um par, noites de medo. Como se aquele que me completa não existisse, como se eu quisesse que este amor evaporasse. Sem deixar de perdoá-lo, estando ciente que há decepções muito a frente do futuro que não posso decifrar. E não quero, tanto quanto não posso. Não há como saber onde habitam perigo ou riqueza. E também, não é este o meu desejo. Creio que carrego a realidade, separando-a de sonhos por não serem compatíveis, sem permitir que se fundisse, evitando um desastre. Ainda choro e já chorei por tesouros inolvidáveis, mas que não valeram tanto à pena, nem mesmo o esforço que fiz. O tempo pode ter sido despediçado com estes, mas benefícios, eu tirei. Além da fala, continuo persuadida da força que em mim se esconde.
Vago
O erro está na estimativa
Diz-se da eternidade
Como de uma estação, é longe -
Mas ela está tão perto
Que até mesmo me acompanha no passeio
Reparte o mesmo teto
E não há amigo que persista
Como está eternidade.
Diz-se da eternidade
Como de uma estação, é longe -
Mas ela está tão perto
Que até mesmo me acompanha no passeio
Reparte o mesmo teto
E não há amigo que persista
Como está eternidade.
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